Havia uma
moça que trabalhava em um brechó de um hospital, como voluntária. Certo dia
adentrou na loja uma certa "senhora bastante obesa", e de cara a moça
pensou que não tinha nada na loja na numeração dela. Se sentiu apreensiva e
constrangida naquela situação, vendo a senhora percorrer as araras em busca de
algo que aquela moça sabia que ela não encontraria. Ficou angustiada, porque
não queria que a senhora se sentisse mal pelo tamanho das peças de roupas, se
sentindo excluída implícita.
Naquele
momento a moça orou a Deus e pediu que lhe desse sabedoria para conduzir a
situação evitando que a cliente se sentisse excluída ou humilhada na sua
autoestima. Foi quando o esperado aconteceu. A senhora se dirigiu à a moça e
disse tristinha:
-“É... não
tem nada grande, não é?"
E a moça, sem
até aquele momento saber o que diria, simplesmente abriu os braços de uma ponta
a outra e lhe respondeu:
-“Quem
disse??? Claro que tem!! Olha só o tamanho desse abraço!"
E a abraçou
com muito carinho. A senhora então se entregou àquele abraço acolhedor e
deixou-se tomar pelas lágrimas exclamando:
-“Há quanto
tempo que ninguém me dava um abraço.”
E chorando, tal qual uma criança a procura de
um colo, lhe disse:
-“Não
encontrei o que vim buscar, mas encontrei muito mais do que procurava".
E naquele
momento, através dos braços calorosos de daquela moça, Deus afagou a alma
daquela criatura, tão carente de amor e de carinho.
Quantas almas
não se encontram também tão necessitadas de um simples abraço, de uma palavra
de carinho, de um gesto de amor. Será que dentro de nós, se procurarmos no
nosso baú, lá nas prateleiras da nossa alma, no estoque do nosso coração,
também não acharemos algo “grande” que sirva para alguém?
Postado por Daniela Lipke
0 comentários:
Postar um comentário