10 novembro 2015

Tamanho GG

Havia uma moça que trabalhava em um brechó de um hospital, como voluntária. Certo dia adentrou na loja uma certa "senhora bastante obesa", e de cara a moça pensou que não tinha nada na loja na numeração dela. Se sentiu apreensiva e constrangida naquela situação, vendo a senhora percorrer as araras em busca de algo que aquela moça sabia que ela não encontraria. Ficou angustiada, porque não queria que a senhora se sentisse mal pelo tamanho das peças de roupas, se sentindo excluída implícita.

Naquele momento a moça orou a Deus e pediu que lhe desse sabedoria para conduzir a situação evitando que a cliente se sentisse excluída ou humilhada na sua autoestima. Foi quando o esperado aconteceu. A senhora se dirigiu à a moça e disse tristinha:


-“É... não tem nada grande, não é?"

E a moça, sem até aquele momento saber o que diria, simplesmente abriu os braços de uma ponta a outra e lhe respondeu:

-“Quem disse??? Claro que tem!! Olha só o tamanho desse abraço!"

E a abraçou com muito carinho. A senhora então se entregou àquele abraço acolhedor e deixou-se tomar pelas lágrimas exclamando:

-“Há quanto tempo que ninguém me dava um abraço.”

 E chorando, tal qual uma criança a procura de um colo, lhe disse:

-“Não encontrei o que vim buscar, mas encontrei muito mais do que procurava".

E naquele momento, através dos braços calorosos de daquela moça, Deus afagou a alma daquela criatura, tão carente de amor e de carinho.


Quantas almas não se encontram também tão necessitadas de um simples abraço, de uma palavra de carinho, de um gesto de amor. Será que dentro de nós, se procurarmos no nosso baú, lá nas prateleiras da nossa alma, no estoque do nosso coração, também não acharemos algo “grande” que sirva para alguém?




Postado por Daniela Lipke

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