Leitura bíblica
Isaías 55:8-9 (NVI-PT)
“Pois os meus pensamentos
não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos”,
declara o Senhor.
“Assim como os céus são mais
altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus
caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os seus pensamentos.
Pergunta: Por que Deus
permite o sofrimento? Ele não se importa conosco?
Resposta: É claro que sim e
sente grande tristeza quando sofremos por causa de escolhas e ações erradas,
nossas ou dos outros.
A Bíblia nos diz que “Como
um pai trata os seus filhos com bondade, assim o Eterno é bondoso para aqueles
que O temem. Pois Ele sabe que somos pó.”
Além disso, Jesus entende
nossas fraquezas, porque “como nós, em tudo foi tentado.” Com toda certeza,
sabe o que é sofrer, pois foi torturado e crucificado pelos pecados do mundo.
A Bíblia também promete que,
algum dia, todo o sofrimento vai acabar para aqueles que O amam. No Céu, Ele
“enxugará de seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem pranto, nem
clamor, nem dor, pois já as primeiras coisas são passadas.”
Enquanto isso, não
esqueçamos que até do sofrimento advêm coisas boas. Muitas vezes, torna as
pessoas mais ternas e bondosas. Para os que não cedem ao rancor nem se deixam
calejar, as angústias, as perdas e as tristezas podem produzir o que há de
melhor: amor, ternura e interesse pelos outros. A Bíblia diz: “Que nos consola
com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus.” Encontrar o
amor de Deus em Jesus, produz na pessoa o desejo de dividir essa solução e esse
amor com os demais, para que Ele possa aliviar o sofrimento deles e ajudá-los a
resolver seus problemas também.
Embora ao ler a Palavra de
Deus possamos entender grande parte dos motivos dos sofrimentos, provavelmente
só teremos a resposta completa a essa pergunta que se recusa a calar quando
chegarmos ao Céu. Os caminhos de Deus não são os nossos, e algumas coisas só
entenderemos quando as virmos como Ele as vê.
Uma ilustração muito
apropriada foi dada pelo Dr. Handley Moule (1841–1920), quando visitou uma mina
de carvão logo depois de uma terrível explosão subterrânea, a qual ceifou a
vida das pessoas que ali trabalhavam. À entrada da mina reuniu-se um grande
número de pessoas dentre as quais estavam viúvas, filhos, pais, outros
familiares e amigos próximos das vítimas.
“É muito difícil entendermos
por que Deus permitiu que uma tragédia tão horrível acontecesse — falou para a
multidão em luto. Mas em casa tenho um velho marcador de livros que a minha mãe
me deu, do qual me lembro em momentos como estes. Ele foi bordado com fios de
seda e, quando olho o seu lado avesso, tudo que vejo é um emaranhado de linhas.
Parece um grande erro e que quem fez aquilo não sabia o que estava fazendo.
Mas, do outro lado, podemos ler, lindamente bordadas, as seguintes palavras:
‘DEUS É AMOR’. Hoje vemos o lado avesso desta tragédia. Um dia, a veremos de
outra perspectiva e, então, entenderemos.”
Na Bíblia também aprendemos
que “o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.” Com o tempo,
nosso sofrimento assume outra perspectiva. Graças a ele, nos tornamos um pouco
mais sábios, um pouco mais compassivos com os outros, que também sofrem.
Deus tem um propósito para
tudo que permite nos acontecer, muito embora nem sempre o entendamos
imediatamente. Temos apenas que confiar em Deus e acreditar que, se não
entendemos agora, mais tarde, tudo se esclarecerá. Apesar dos nossos
conhecimentos e compreensão limitados dessas coisas, podemos estar certos do
amor inabalável de Deus.
É inevitável que haja
momentos de dor e sofrimento, mas, graças a Deus, não perdemos a esperança nem
estamos desamparados. “Pois estou certo de que, nem a morte, nem a vida, […]
nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma
outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus
nosso Senhor.”
Pensem nisso e tenham um
ótimo dia!
Marcos Ledesma
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