07 setembro 2015

Nossas inquietações com a maldade humana

Essa semana está estampado em todos os jornais do mundo, refugiados que saem de seus países por causa das guerras, falta de paz, falta de amor...

Famílias morrendo afogadas nos mares tentando encontrar uma saída para suas vidas!

Sei que você já se achou perguntando “Por que tanta maldade humana e os ímpios prosperam?”. Desilusão meu amigo, pura desilusão de quem não compreende a extensão da graça e bondade do Bendito! Há quem pratique as mais variadas insanidades. As pessoas de bem lamentam as inquietações e maldade sem fim de homens e mulheres divorciados de um coração puro e bondoso. Lamentam a falta de respeito aos valores sociais e humanos.


A Palavra de Deus afirma que os ímpios planejam iniquidades, ocultam planos bem traçados, visando a destruição de outros em nome de seus interesses, (Sl. 64.6). Esta situação perturbou os santos ao longo da história.

O salmista Asafe achou-se duvidando da justiça de Deus por conta da prosperidade dos ímpios, felizmente compreendeu a graça e misericórdia do Senhor quando foi ao Templo, onde percebeu a clareza do caminho dos ímpios, (Sl. 73.2-17). Abaixo um veemente desabafo de Rui Barbosa, grande jurista e orador.

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”

  Salmos 36

[Salmo de Davi, servo do SENHOR, para o músico-mor] A transgressão do ímpio diz no íntimo do meu coração: Não há temor de Deus perante os seus olhos. Porque em seus olhos se lisonjeia, até que a sua iniquidade se descubra ser detestável.

As palavras da sua boca são malícia e engano; deixou de entender e de fazer o bem. Projeta a malícia na sua cama; põe-se no caminho que não é bom; não aborrece o mal. Salmos 36:1-4

TODA MALDADE PARECE NÃO TER FIM

O coração do homem é enganoso deste a sua meninice (Jr. 17.9, Gn. 8.21), caso o homem não se importe em se aproximar do Senhor, evitando-o, é entregue as suas paixões, aos seus sentimentos perversos (Rm. 1.28,29).

Ensoberbece-se de tal forma que inflando o peito volta o queixo contra o Altíssimo, perdendo o temor, questionando os seus caminhos, ignorando ser detestável a Deus e ao seu próximo.

Não temendo ao Senhor, os caminhos da destruição estão abertos e convidativos. O seu primeiro pensamento ao acordar é projetar planos, descobrir meios de levar vantagem em tudo, corromper o funcionário público, resolver aquela questão que o perturba por meios ilegais ou aéticos. É parceiro e companheiro do mal. O pecado é o seu desejo maior. (Gn. 4.7).

Maldade

Livra-me, meu Deus, das mãos do ímpio, das mãos do homem injusto e cruel.

DEUS É NOSSO REFÚGIO CONTRA A MALDADE

Minha amiga declarou em seu comentário que quando há um conflito familiar, ela ora e lê este salmo e tudo volta a paz, a boa normalidade. Leiamos mais alguns versículos do referido salmo:

A tua misericórdia, SENHOR, está nos céus, e a tua fidelidade chega até às mais excelsas nuvens. A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo. SENHOR, tu conservas os homens e os animais.

Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade, pelo que os filhos dos homens se abrigam à sombra das tuas asas. Eles se fartarão da gordura da tua casa, e os farás beber da corrente das tuas delícias; Porque em ti está o manancial da vida; na tua luz veremos a luz. Estende a tua benignidade sobre os que te conhecem, e a tua justiça sobre os retos de coração. Salmos 36:5-10

O salmista Davi tinha uma peculiaridade notável na composição dos seus salmos, registrava impressões e experiências vividas. Tudo era motivo de registros (Sl. 103.1).

Os Salmos atribuídos ao poeta Davi tem a peculiaridade de serem compostos de duas partes, uma apresentando o problema ao Senhor, orando, buscando solução, e a segunda parte agradecendo o livramento ou resposta do alcançada. Boa parte dos conflitos e angustias se originavam no seio familiar, na coorte.

Joabe, general do exercito e Abisai, filhos de Zeruia, portanto, primos de Davi, era o que poderíamos chamar de “pedras no sapato”. O jovem Davi a muito custo conseguia resistir a oposição e assédio diário dos belicosos irmãos. (2 Sm. 3.39).

Davi se queixava que até no leito de morte eles compareciam e descaradamente manifestavam os seus desejos mortais em relação a ele, que se encontrava moribundo. Assemelhavam-se a abutres famintos, esperando o último suspiro da vitima, para com voracidade lançarem-se ao infernal banquete (Sl. 41.5-9).

Concluindo, afirmo que o livramento vem no tempo certo. Davi apresenta aqui a figura de um banquete. Ao longo da história banquetes tiveram grande importância e ainda tem nas relações em sociedade.

Nos Salmos 23 Davi convida ao Senhor a preparar uma mesa na presença dos seus inimigos, é como se estivesse se utilizando do velho e conhecido chavão “Desejo vida longa a meus inimigos, para que eles aplaudam de pé a minha vitória”.


Coop Marcos Ledesma

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